Antena isotrópica

      

Antena isotrópica é aquela que irradia igualmente em todas as direções. Os diagramas de irradiação vertical e horizontal são em forma de circunferência, pois o diagrama no espaço seria equivalente a uma esfera. Essa antena pode ser comparada a uma lâmpada que ilumina igualmente em todas as direções.

A antena isotrópica existe somente na teoria (não existe antena ideal), e sua finalidade é servir como padrão de referência na medição de outras antenas, embora alguns fabricantes considerem a antena dipolo um elemento bem melhor como padrão de referência, porque ela é uma antena real e não imaginária.

De qualquer forma, a escolha de uma ou outra referência não altera em nada as características da antena medida. É a mesma coisa que medir uma mesa em metros ou polegadas, apesar dos números se apresentarem diferentes o tamanho da mesa será igual. É lógico que sempre é necessário indicar qual a unidade que foi usada (metros ou polegadas). A mesma coisa acontece no caso da antena: devemos indicar qual o padrão de referência que usamos para expressar o seu ganho.

Ainda mais: no caso de uma comparação, deve-se ter o cuidado de expressar ambos os ganhos comparados em relação à mesma referência. Voltando ao nosso exemplo, só podemos comparar uma medida em cm com outra também em cm; não podemos comparar centímetros com polegadas. Por isso é que não tem validade alguma afirmar que uma antena tem um ganho de 10 dB, para que a afirmativa seja válida é necessário indicar se esses 10 dB são em relação à antena isotrópica ou a outra referência escolhida, daí vermos em manuais valores expressos em dBi (de isotrópica) ou dBd (de dipolo).

Bem para começar vamos falar sobre ganho. O ganho da antena é normalmente indicado em decibéis isotrópicos (dBi). Trata-se do ganho em comparação com uma antena isotrópica (uma antena que não existe na realidade) e que é uma antena perfeita pois propaga a mesma quantidade de energia para todas as direcções.

Este tipo de antenas apenas serve como comparação para cálculos. O ganho das antenas também pode estar representado em dBd, para converter para dBi apenas temos de somar 2,14.

Alguns exemplos de antenas:

- Dipole “rubber duck”  – 2.2 dbi (a 11 Mbps tem +/- um alcance de 30 m)

- Yagi  – 13.5 dbi (a 11 Mbps tem +/- um alcance de 3.2 Km)

As antenas podem-se dividir em 2 tipos: Omnidireccionais (irradiam o sinal em todas as direcções – 360º) e Direccionais (ou Sectoriais, que cobrem uma determinada zona, dependendo do ângulo)

Quanto maior o ganho de uma antena, mais direccional ela é, ou seja, a energia é concentrada numa única direcção o que também nos garante um menor ângulo de radiação.

Então e qual a potência/energia máxima radiada ?

A questão da potência não está só associada à antena. Temos de contar com o equipamento emissor, as perdas no cabo e fichas e o ganho que a antena nos dá. Em termos matemáticos temos:

Energia radiada (dBm) = potência do emissor (dBm) +  – perda no cabo e fichas (dB) + ganho da antena (dBi)

O limite de energia radiada (EiRP) para as redes Wi-Fi é,em Portugal é de 100mW (20dBm).

Para saberem quantos dBis tem a vossa antena acoplada ao router dêem uma vista de olhos na datasheet do vosso equipamento.

Para quem pretender dar uma vista de olhos nas antenas da Cisco e ver algumas características pode fazê-lo aqui

Brevemente escreveremos mais sobre este tema.